
oto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Letycia Bond/Agência Brasil

Dois dos principais ministros do primeiro escalão do governo Federal soltaram o verbo contra o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Primeiro, Rui Costa (PT), titular da Casa Civil classificou que o resultado da reunião do Copom é uma insensibilidade que ‘só aumenta o desemprego e aumenta o sofrimento do povo brasileiro’.
Apesar de falar em um tom mais comedido, Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, também não poupou críticas à decisão de manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%. O Copom ainda apontou a possibilidade de novas altas dos juros em caso de necessidade.
“No momento em que economia está retraindo, o Copom chega a sinalizar uma subida da taxa de juros. Lemos com muita atenção, mas achamos que realmente o comunicado preocupa bastante”, declarou Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda.
Haddad ainda se disse surpreso com a decisão do Banco Central porque aconteceu no mesmo dia em que o Governo divulgou estimativas prevendo aumento nas receitas e diminuição no déficit primário em relação ao valor sancionado no Orçamento.
Para Haddad, a divulgação do relatório demonstra o compromisso do governo em reequilibrar as contas públicas. Segundo ele, essa seria uma razão para o BC começar a flexibilizar a política monetária, em vez de endurecer o tom no comunicado.
“Eu considerei o comunicado preocupante, muito preocupante, porque hoje divulgamos relatório bimestral mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”, comentou Haddad

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Haddad ainda afirmou que vai repassar seus pensamentos sobre o comunicado do Copom ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com quem tem reuniões institucionais. Campos Neto foi alvo de Rui Costa em suas declarações sobre o caso.
Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Letycia Bond/Agência Brasil