
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Governadora de um dos estados mais importantes do nordeste, Raquel Lyra (PSDB) não foi um dos nomes que apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas eleições presidenciais, mas foi eleita e, na última quarta-feira (22), foi defendida por Lula ao passar por um constrangimento.
Lula esteve em Pernambuco durante o lançamento de um programa federal sobre a gestão do arquipélago de Fernando de Noronha que aconteceu no Recife. Lyra foi vaiada semper que tinha um nome mencionado e alguns presentes viravam de costas quando ela falava. O presidente repreendeu.
“Quando a gente convidar alguém para vir na casa da gente, e esse dono da casa sou eu, pode me vaiar a vontade. Mas, por favor, respeitem os meus convidados que vierem aqui”, disparou Lula contra a plateia que tinha membros de sindicatos, do MST e pessoas ligadas ao PT.
“A governadora pode ser nossa adversária política, mas ela é governadora do estado. Ela foi eleita e vou a respeitar como governadora do estado”, continuou Lula.
“Aqui virei tantas vezes quanto necessário para cuidar dos interesses do povo de Pernambuco pelas mãos dela, pelas mãos do João [Campos, prefeito do Recife e também alvo de vaias] e pelas mãos dos outros prefeitos, porque é assim que rege o espírito de tudo o que nós construímos na democracia desse país”, completou o presidente, que aproveitou para alfinetar Bolsonaro.

Segundo Lula, os manifestantes deveriam ter feito o mesmo contra Jair Bolsonaro (PL), a quem classificou como ‘boquirroto’. “Seria tão importante se as mesmas pessoas que têm a liberdade de vaiar a governadora num palco nosso, convidada por nós, poderiam ter vaiado o Bolsonaro durante os quatro anos que ele esteve na Presidência da República.”
Foto: Ricardo Stuckert/PR