
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Juíza federal responsável pela ordem de prisão dos suspeitos de preparar um ataque contra o ex-juiz, ex-ministro e atual senador Sergio Moro (União Brasil), Gabriela Hardt aumentou o poder de fogo contra os suspeitos e entrou num pé de guerra contra dois deles: Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Re, e Valter Lima Nascimento, o Guinho.
Hardt ampliou a prisão temporária da dupla em dois dias, justificando que a investigação policial dá indícios de que os dois ocupam posição de liderança dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e são conhecidos por uso de violência.
Ela afirma que a decisão tem objetivo de evitar a destruição de provas, a coação e ameaças a testemunhas e a fuga. Ao todo, nove pessoas foram presas durante operação da Polícia Federal que investigou planos do PCC em ataques personalidades públicas. Outras duas são procuradas. Entre os presos, uma mulher conseguiu o direito de responder às investigações em liberdade por ter filhos pequenos.
Em um pedido de revogação da prisão temporária, a defesa de Rê afirma que não há elementos concretos que indiquem a participação dele no crime organizado, informa que ele tem residência fixa, trabalha como vendedor de veículos e está disposto a prestar os esclarecimentos necessários à Justiça Federal.
A defesa alega também que o homem é responsável pelo sustento da família, inclusive de uma filha de 24 anos com paralisia cerebral. Diz ainda que a investigação aponta crimes cometidos pelo investigado há 20 anos e que ficaram no passado.
No caso de Guinho, a defesa afirma que ele não tem nenhuma relação com o PCC e com os fatos investigados. O homem cumpre prisão provisória em outro processo em fase de recurso. Há ainda a alegação de que o suspeito tem residência fixa e é proprietário de um autocenter desde 2011.
Foto: José Cruz/Agência Brasil