
Reprodução / GOVBA / Arquivo pessoal

Nos últimos dias, ameaças de ataques em escolas se tornaram recorrentes. Após ser veiculado um caso em São Paulo, ameaças também foram surgindo também na capital baiana. Psicólogos e Pedagogos alertam de como os pais e professores devem lidar com as crianças e adolescentes em momentos delicados como esses.
Em entrevista ao BNews, a psicóloga Ester Veloso ressaltou a importância de estar atento aos sinais que são expressados pelas crianças. “A necessidade de prestar atenção para os sinais que essas crianças expressam através de seus comportamentos é de muita importância. Alunos que demonstram dificuldades para se relacionar, comportamentos mais agressivos e crise de ansiedade, podem desencadear e favorecer problemas com saúde mental”, esclareceu.
Para ela, se faz necessário a criação de canais de aproximação para ouvir e acolher esses jovens, além de oferecer apoio psicológico. “É importante criar um canal de escuta e acolhimento para falarem sobre seus sentimentos. Buscar ampliar a conscientização através de palestras ou rodas de conversas sobre violência, de como agir em momentos de descontroles e em determinadas situações estressoras”, continuou.
Ester ainda destacou o papel importante dos pais nesse processo. “Precisam convidar os pais para participarem e reforçarem positivamente as informações para seus filhos e monitorar o que eles assistem, pesquisam e como usam a internet”, completou ela.
A psicopedagoga e gestora escolar, Sheyla Argolo, exaltou a necessidade de os pais fazerem um acompanhamento diário com seus filhos. “A orientação para as famílias é um pedido para que os pais, atentem e dialoguem com seus filhos, que fiquem alerta ao comportamento, suas atitudes, até mesmo ao ‘silêncio excessivo’, que observem os meios de comunicação que eles acessam e também, que confiram os seus pertences ao chegar e ao sair para escola diariamente”, declarou a pedagoga.
Sheyla relatou que as escolas precisaram despertar a consciência sobre o que tem acontecido. “As tratativas necessárias e asseguradas pela escola, estão para além do pedagógico, despertando a consciência sobre o certo e o errado, fazendo com que seus alunos reflitam e construam posicionamentos, elaborem pensamentos mais estruturados e críticos acerca de todo esse contexto”, continuou.
Por fim, ela alertou sobre a necessidade de ter o controle emocional. “Infelizmente, sabemos que muitos interesses velados aproveitam dessa situação para alastrar a condição de pânico e insegurança na população, o que nos remete ainda mais a necessidade de valorizar o controle das emoções e sentimentos, pois nem sempre são vistos”, completou.
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