
Reprodução/Febracis/Instagram

“Não contratamos petistas, comunistas ou pessoas que façam parte de religiões como candomblé”. Essa orientação foi passada durante o treinamento da empresa Febracis, autointitulada especializada em coaches e educação empresarial em Fortaleza.
O caso é investigado pelo Ministério Público do Ceará, Ordem dos Advogados do Brasil secção do Ceará (OAB Ceará). A acação é de discriminação política e religiosa.
Na última sexta-feira (5), o Ministério Público do Trabalho (MPT) tomou ciência do caso e também passou a apurar a conduta da empresa. De acordo com o órgão, o uso de critérios discriminatórios para a seleção de empregados contraria a Constituição Federal e leis trabalhistas.
No período eleitoral de 2022, os funcionários passaram a ouvir com mais intensidade comentários de rejeição ao Partido dos Trabalhadores (PT), conforme a mesma fonte ouvida pela reportagem. “Também já houve momentos em que falaram que quem apoiava o PT, o comunismo, era satanista, contrário a Deus, estava seguindo ao demônio”, descreve o MP.
Em nota, a Febracis afirmou que é “contrária a qualquer tipo de assédio e respeita as pessoas como elas pensam e são bem como suas diferentes ideologias, culturas, religiões e formas de expressão.[…] A empresa está instaurando um processo interno para a devida apuração dos fatos”.
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