
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aceitou a indicação do senador Cid Gomes (PDT) e nomeou de Lúcio Gomes para a Companhia Docas do Ceará.
De acordo com o jornal O Globo, a nomeação tem como objetivo de enfraquecer Ciro Gomes, irmão de Lúcio e Cid, e ocorre em meio a um momento turbulento na família Gomes. Ciro e Cid disputam o comando do PDT no Ceará, que atualmente é comandada pelo deputado federal André Figueiredo, aliado de Ciro.
Além disso, o deputado é o presidente nacional em exercício do PDT, após Carlos Lupi se licenciou para assumir o Ministério da Previdência. No entanto, o ministro assumiu as conversas entre o partido com a base do governador Elmano de Freitas (PT), o que não é vem visto por aliados de Ciro.
A nomeação de Lúcio Gomes ocorreu após uma reunião de Lupi com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, realizado na última terça-feira (27). No encontro, a indicação foi tratada como uma forma de “colocar o partido na base do governo” estadual.
Além de Lúcio, outros dois irmãos de Ciro já declararam apoio ao movimento de Cid na definição sobre os rumos do PDT no Ceará. O prefeito de Sobral, Ivo Gomes, e a deputada federal Lia Gomes estiveram no encontro que apoia Cid, na terça, em Fortaleza.
Majoritária dentro do PDT, a ala que deseja que Cid Gomes assuma o comando do partido no Ceará do PDT tenta retomar a aliança da legenda com o PT, rompida após críticas de Ciro a Lula.
Internamente, o PDT avalia que a postura do grupo de Ciro pode enfraquecer o partido nas eleições municipais de 2024. Na reunião com Padilha, Lupi chegou a elogiar Ciro, mas cobrou “maior senso prático do correligionário”.
Marcelo Camargo/Agência Brasil