
Divulgação/VEJA

O advogado Cezar Bitencourt, que representa Mauro Cid, recuou e afirmou não ter falado sobre as transações do esquema milionário de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a revista Veja desta semana, a defesa antes havia declarado que Cid iria confessar que agiu a mando de Bolsonaro.
Em mensagem enviada ao jornal O Estado de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (18), Bitencourt falou que a revista errou. “Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja não se falou em joias [sic]”, escreveu.
Segundo o advogado, o ex-ajudante de ordens agiu para resolver o “problema do Rolex” que o ex-presidente ganhara de presente no exercício do cargo e que deveria ter sido destinado à União, mas foi vendido dos Estados Unidos.
Horas antes, a revista Veja havia publicado uma capa afirmando que o tenente-coronel decidira confessar que vendeu joias nos Estados Unidos a mando de Bolsonaro. Ainda segundo a reportagem, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República vai dizer que o dinheiro arrecadado foi enviado ao ex-presidente, o que pode configurar peculato e lavagem de dinheiro.
Em entrevista à GloboNews, também nesta sexta, o advogado livra Bolsonaro de responsabilidade. “Não disse que foi a mando do Bolsonaro, não disse que ele [CID] estava dedurando”, declarou. “Apenas como assessor ele cumpriu ordens. Bolsonaro disse: ‘Resolve esse problema aí, do Rolex’. Para um bom entendedor meia palavra basta. Cid foi atrás para resolver a questão do Rolex”.
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