
Reprodução / Facebook

Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que seja autorizada a venda de um avião e cinco carros de luxo do governador do Acre, Gladson Cameli (PP). O chefe do executivo estadual acriano foi investigado na Operação Ptolomeu e foi indicado como suposto líder de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na cúpula da administração estadual.
O governador está no centro de uma investigação que apura suspeita de desvios de recursos públicos em obras de infraestrutura e manutenção de unidades de saúde e escolas. Além disso ele é suspeito de realizar fraudes em contratações, superfaturamento de contratos, pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro. Cameli foi o alvo da terceira etapa da Operação Ptolomeu, iniciada em março deste ano. A Polícia Federal (PF) tem a suspeita que ele tenha comprado os carros e imóveis para lavar dinheiro.
Em um laudo da PF, havia o indicativo de que os bens que o Ministério Público Federal (MPF) quer alienar, resultariam em um ganho de recurso no montante de R$ 4,5 milhões. Esse pedido ainda será analisado pela ministra Nancy Andrighi, relatora do inquérito no tribunal. Contudo, o MPF agora quer que esses bens do governador sejam vendidos antes mesmo de eventual denúncia ou condenação.
O órgão justifica que há uma dificuldade na manutenção dos itens protegidos pela justiça. Os itens são: um Chevrolet Cruze com blindagem, com valores estipulados em R$ 195,9 mil, uma Land Rover Discovery, avaliado em R$ 530 mil, um VW Jetta, com valores estipulados em R$ 185,8 mil, um BMW X6 XDrive, com valores estipulados em R$ 102,6 mil, uma VW Amarok CD, avaliado em R$ 176,4 mil e uma aeronave Beech Aircraft 8, com um valor de R$ 3,4 milhões.
Reprodução / Facebook