

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) vem sendo ignorada por diplomatas da Argentina que atuam no Brasil depois de ter sua fala cortada ao vivo em um programa de TV do país vizinho após defender o armamento. A pauta também defendida pelo candidato de extrema-direita Javier Milei, que disputará o segundo turno do pleito argentino com o peronista Sergio Massa.
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo, diplomatas acreditam que Eduardo foi sido cortado por “violar a lei que proíbe qualquer tipo manifestação em apoio a candidatos no dia da votação”, e não pelo conteúdo de sua fala ou por ser uma pessoa relevante entre argentinos.
Caso mantivesse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro no ar defendendo a campanha de Miliei, os diplomatas acreditam que o canal de TV poderia ter que pagar uma multa considerável.
Ainda na avaliação dos diplomatas, os três anos em que os governos de Jair Bolsonaro e do atual presidente argentino, Alberto Fernández, coexistiram causaram muito mais preocupação. O entendimento é de que as declarações e gestos feitos pelo ex-presidente brasileiro e por seus familiares exigiam “atenção contínua”.
Um exemplo ocorreu nas eleições presidenciais no Brasil em 2022. O governo argentino tinha um temor de que a campanha de Bolsonaro que comparava a Argentina a países como Cuba e Venezuela, para afetar negativamente Lula (PT), gerasse o temor de que a população brasileira passasse a rejeitar o país vizinho.
Depois que Bolsonaro deixou a presidência, diplomatas argentinos avaliam que o ex-presidente e seus filhos perderam relevância internacional. As últimas vezes que o ex-chefe do Executivo teve algum destaque na imprensa da Argentina foram sobre suas derrotas políticas, como a decisão do TSE de torna-lo inelegibilidade.
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