

O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi banido do PTB depois que o partido de uniu ao Patriota para a criação do Partido Renovação Democrática (PRD). A fusão entre as legendas foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta-feira (9) e terá um fundo partidário avaliado em R$ 24,6 milhões. As informações são do jornal O Globo.
Roberto Jefferson foi filiado ao PTB por quatro décadas, sete deles como presidente. Além dele, o partido abrigou alguns aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o ex-deputado federal Daniel Silveira e o ex-presidente da Câmara dos DeputadosEduardo Cunha.
O partido avaliou que a fusão como uma maneira de sobreviver aos bloqueios de suas contas impostos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sem atingir a cláusula de barreira.
O PTB é um dos partidos mais tradicionais do Brasil. Fundada por Getulio Vargas, a legenda foi um representante do trabalhismo na política brasileira. No entanto, a sigla vinha tento a sua bancada no Congresso Nacional diminuindo nos últimos anos, o que fez Roberto Jefferson, presidente de honra da sigla, se aproximar do bolsonarismo.
Por conta do acordo de fusão com o Patriota, o PTB, que conta com apenas um deputado federal, fornece ao PRD um milhão de filiados e diretórios em todos os estados ao Patriota, que elegeu quatro parlamentares e que também não atingiu a cláusula de barreira. Na Bahia, o vereador Isnard Araújo, atualmente no PL, deve comandar a nova legenda.
Roberto Jefferson está preso preventivamente desde junho deste ano após descumprir uma série de medidas cautelares de sua prisão domiciliar, que cumpria desde janeiro de 2022. Na oportunidade, o ex-parlamentar resistiu a ordem de prisão e disparou três granadas contra os policiais. Inicialmente, Jefferson foi preso em agosto de 2021, por ser alvo do inquérito das milícias digitais.