Diferentemente do que muitos pensam, o futebol é um reflexo da nossa sociedade. Dentro dos estádios, ou das arenas, frequentam todo e qualquer tipo de ser humano. E assim como fora das quatro linhas, acontecem diversos episódios envolvendo racismo.
Para alguns “torcedores”, o estádio é um local onde tudo pode ser liberado, incluindo assédio, homofobia e racismo. Contudo, as quatro linhas também formam um espaço de convivência, e não é um mundo paralelo ou alternativo ao mundo real. Então, como combater o racismo no futebol?
Para responder à pergunta e debater esse importante tema em pleno Novembro Negro, o BNews conversou com Marcelo Carvalho. Ele é Diretor Executivo do Observatório Racial no Futebol, que desde 2014 monitora os casos de racismo no futebol brasileiro e mundial.
Ao BNews, Marcelo Carvalho ressaltou que para combater o racismo no futebol é necessário um trabalho conjunto, feito por diversas frentes da sociedade. Inclusive, um dos objetivos do Observatório é divulgar ações informativas e educativas que visem erradicar a intolerância racial no esporte.
O combate ao racismo no futebol passa pelo trabalho coletivo de diversas instituições: quem comanda o futebol, Justiça Desportiva, clubes, Polícia e Justiça. Mas, é importante entendermos que o combate ao racismo vai além de pensarmos punições, é necessário ações e campanha de conscientização e educação”, explica.
No futebol baiano, o Observatório já realizou ações afirmativas para o combate ao racismo com a dupla Ba-Vi. Em 2019, o então técnico do Bahia, Roger Machado, utilizou a camisa do projeto no jogo contra o Fluminense, treinado na época por Marcão. Na ocasião, o duelo marcou o encontro dos dois únicos técnicos negros do Brasileirão Série A.