

O empresário Rogério Saladino tirou a vida da policial civil Milene Bagalho Estevam, no último sábado (16), em São Paulo. Antes do óbito, a agente acumulou histórias que mais eram estratégias dentro do trabalho. Na visão de vários colegas, ela era especialista em resolver casos de latrocínio.
“Ela era uma das melhores policiais que eu tenho no Deic. No Deic, eu tenho 650 policiais e a Milene era a que mais se destacava. De cada 10 latrocínios que a gente atendia, ela e o parceiro esclareciam oito. É uma perda irreparável”, citou Fabio Pinheiro Lopes, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Em um dos casos, vivido em agosto do ano passado, a investigadora agendou um “falso date” com um suspeito de latrocínio, de modo a atraí-lo até um shopping e efetuar sua prisão. Henrique Gutemberg tinha como acusação o assassinato do jovem Gabriel dos Reis em um assalto em abril de 2022.
Depois de falar com o suspeito por meio de um aplicativo de mensagem, Milene, em poucas horas de conversa, viu o criminosos a chamar de “minha vida” e “vidona”. Em um dos momentos, o suspeito pediu para que os dois entrassem em uma chamada de vídeo.
Foi nesse momento que ela fez a chamada dentro da própria delegacia do Deic. Já no dia do encontro, a policial se ofereceu para pagar uma corrida pelo aplicativo dele. Com isso, os agentes acompanharam o trajeto dele até o shopping Lar Center, na zona norte de São Paulo, onde foi preso.
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