

A Polícia Federal (PF) está atuando para concluir no início de 2024 os inquéritos das fake news e das milícias digitais do núcleo político e econômico do bolsonarismo. Na avaliação dos investigadores já existem elementos para indiciar o ex-presidente Bolsonaro por delitos cometidos durante a gestão 18-2022. Apesar disso, a tipificação dos crimes não podem ser antecipados por serem definidos apenas depois da finalização de todas as linhas de investigação do caso.
Esse indiciamento ocorre quando uma autoridade policial atribui um crime a um investigado. Após esse período, o caso será enviado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet – que tomou posse no último dia 18 de dezembro -. Será dele a responsabilidade de analisar toda eventual denúncia contra Bolsonaro e seus aliados.
Vale lembrar que o ex-presidente só se tornará réu em caso de recebimento de uma denúncia pelo Judiciário e que essas investigações são na esfera criminal. Em caso de denúncia, de uma condenação criminal e do seu grau, Bolsonaro pode até ser preso. Até lá, Bolsonaro segue como inelegível pelo prazo de oito anos.
A tentativa de realização de um golpe de Estado, segundo as investigações, teriam conexão com as atividades das milícias digitais que agiram contra as instituições democráticas nos últimos quatro anos. Além disso, os inquéritos das fake news e das milícias digitais possuem outras frentes de apuração, como o desvio de joias, as fraudes nos certificados de vacina. De acordo com a Polícia Federal, os fatos analisados até agora, inficam delitos como organização criminosa, peculato e atos contra o Estado Democrático de Direito. Com informações de Aguirre Talento, colunista do UOL.
Marcelo Camargo / Agência Brasil