

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de retirar o sigilo dos depoimentos de militares e políticos à Polícia Federal, nesta sexta-feira (15), caiu como uma bomba no colo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Os depoimentos dos comandantes das Forças Armadas, Marco Antônio Freire e Baptista Júnior, colocam Bolsonaro no centro da trama golpista. Além de saber sobre a minuta do golpe, o ex-presidente a discutiu com os chefes das Forças Armadas.
À polícia, Freire contou que durante reuniões com os comandantes, Bolsonaro teria detalhado a possibilidade de “utilização dos institutos jurídicos” que abriram espaço para decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio
Segundo o Globo, o então comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou que Bolsonaro sabia que a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) não identificou qualquer fraude na disputa eleitoral presidencial de 2022, mas preferiu manter as críticas ao sistema, levantando dúvidas sobre a votação.
Para a Polícia Federal (PF), Bolsonaro e seus aliados planejaram um golpe de Estado para mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente Lula (PT), que ganhou as eleições em outubro de 2022.
Isac Nóbrega / Planalto