

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou nesta sexta-feira (21) para condenar a 17 anos de prisão Antonio Claudio Alves Ferreira, filmado, durante os atos do 8 de janeiro, derrubando um relógio do século XVII, trazido ao Brasil por Dom João VI.
O ministro determinou ainda que o regime de prisão seja inicialmente fechado de também condenou o réu ao pagamento, junto aos demais condenados, de R$ 30 milhões em indenizações por danos morais coletivos.
Em seu voto, Moraes afirmou que o réu cometeu os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O caso de Antonio Claudio Alves Ferreira começou a ser julgado nesta sexta (21), em sessão virtual. Os demais ministros têm até a próxima sexta-feira (28) para apresentarem seus votos.
Denúncia
Em julho de 2023 o Supremo aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Ferreira, apontado como responsável por “danificar um relógio histórico, trazido ao Brasil por D. João VI em 1808”.
Ele foi preso em Uberlândia (MG) no final de janeiro de 2023.
Em dezembro, o relógio histórico foi enviado à Suíça para restauração.
Relógio histórico
O objeto do século XVII, desenhado por André-Charles Boulle e fabricado pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot, é coberto por cascos de tartaruga.
Em todo mundo, só há mais um relógio feito pelo artista, exposto no Palácio de Versalhes, na França.
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