

O indiciamento de Jair Bolsonaro no suposto esquema de venda de joias do acervo presidencial promete movimentar as eleições municipais deste ano. Se a base aliada do governo Lula quer usar o caso para desgastar a imagem do ex-presidente, aliados de Bolsonaro, querem transformar o indiciamento em uma “perseguição política” contra o ex-chefe do Executivo nacional. A informação é jornal O Globo.
A postura se confirma nos posicionamentos públicos dos presidentes nacionais do PT e do PL. A petista Gleisi Hoffmann diz que Bolsonaro terá de “prestar conta pelos crimes” e que ele está “a caminho do banco dos réus”. Já Valdemar Costa Neto defende que a “PF tem que prender traficantes” e não o ex-presidente.
Apesar do indiciamento, Bolsonaro ainda é tido no PL como peça fundamental para que o partido aumente o número de prefeituras. Mesmo que a Procuradoria-Geral da República (PGR) transforme o indiciamento em denúncia, o ex-presidente deve seguir com suas viagens pelo Brasil para alavancar as candidaturas do partido.
De acordo com a publicação, um marqueteiro que já atuou em campanhas de candidatos de esquerda acredita que o indiciamento de Bolsonaro terá um impacto menor do que o esperado por aliados do presidente Lula. O entendimento é de que o caso deve pesar apenas no eleitorado que está “em cima do muro em meio à polarização”.
Agência Brasil