
Apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos alvos das espionagens da “Abin paralela” durante o governo Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segue sem comentar o assunto, ao contrário de outros alvos, que manifestaram repúdio ao caso.
No entanto, de acordo com a coluna de Igor Gadelha, no site Metrópoles, o silêncio de Lira vem chamando a atenção de políticos, investigadores e de membros do Poder Judiciário em Brasília.
Lira vem querendo manter uma relação próxima com a bancada bolsonarista na Câmara e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem quer apoio para eleger um aliado como sucessor na presidência da Casa e para as eleições de 2026, quando ele quer disputar uma cadeira no Senado por Alagoas.
A PF divulgou na última quinta-feira (11) um relatório que detalhas algumas atividades da “Abin paralela”. Em troca de mensagens interceptada pela polícia, membros da organização revelaram uma ação para “caçar podres” de Lira.
“Em relação ao PODER LEGISLATIVO, segundo a autoridade policial, foram identificadas ações clandestinas para ‘caçar podres’ do Deputado Federal KIM KATAGUIRI (inclusive contra os seus assessores), ocasião em que se descobriu que em momento anterior também foram realizadas ações contra o Deputado Federal ARTHUR LIRA, tudo conforme diálogos entre os investigados GIANCARLO GOMES RODRIGUES e MARCELO ARAÚJO BORMEVET”, diz o ministro Alexandre de Moraes em sua decisão em que autorizou uma operação da PF contra acusados do caso.
Lula Marques / Agência Brasil