

A rebelião ocorrida na Penitenciária I de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, neste sábado (20), gerou ampla tensão nas dependências do estabelecimento. A causa do motim não foi divulgada oficialmente, mas houve, ao menos, três presos feridos, segundo o portal Metrópoles.
Para o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), a manifestação é uma tragédia anunciada há anos”.
“Desde 2022, o Sifuspesp vem alertando os candidatos ao governo do Estado de São Paulo e todas as autoridades para um iminente caos no sistema prisional decorrente do sucateamento das unidades e do déficit de um terço dos policiais penais. Hoje, após uma escalada de violência contra os servidores, aumento de motins e mortes e com o assustador número de 18 fugas do regime semiaberto somente entre dezembro de 2023 e maio de 2024, pela primeira vez depois de quatro anos um presídio paulista registra uma rebelião. A situação, longe de ser um ponto fora da curva, é o resultado da inércia de várias gestões do governo estadual, que ignora os alertas e coloca em risco a vida de servidores e da população”, diz a nota da entidade”, detalhou a nota enviada à imprensa.
O motim, momentos depois, foi controlado. No geral, não houve reféns. Ainda não se sabe a quantia dos danos ocorridos em dois dos pavilhões. O sindicato ainda descreveu o aumento da violência no sistema prisional paulista.
A capacidade da penitenciária é de 914 detentos, porém, nas dependências do espaço, há cerca de 1.398, conforme informações disponibilizadas no site da Secretaria de Administração Penitenciária.
Reprodução/TV Globo