

Organizações criminosas são alvo de uma investigação por sonegação de impostos e adulteração de bombas de combustíveis em vários estados brasileiros, provocando um prejuízo anual de R$ 30 bilhões ao setor, conforme estimativas da Fundação Getúlio Vargas. A informação é do portal G1.
Mohamad Hussein Mourad, empresário do ramo, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em junho deste ano, por controlar mais de 50 postos de combustíveis e outras empresas através de “laranjas”. Em 2018, Mourad já respondia na Justiça por falsidade ideológica e fraude em bombas de combustível.
Mourad, sua companheira Silvana Correa e outro empresário foram acusados pela Justiça de Guarulhos por lavagem de dinheiro. Somente Silvana movimentou mais de R$ 210 milhões em seis anos, com os recursos das fraudes sendo direcionados a contas ligadas a Mourad.
A investigação policial revelou que, em 2020, ele adquiriu as empresas Copape e Aster Petróleo por R$ 52 milhões. A Copape, produtora de gasolina, importava nafta por Tocantins, aproveitando um imposto de importação significativamente menor que o de São Paulo.
A Secretaria da Fazenda de São Paulo autuou a Copape por irregularidades fiscais, com multas que ultrapassam R$ 2 bilhões, e a Aster teve sua licença de operação revogada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A defesa de Silvana afirmou que todas as operações financeiras dela são legítimas, enquanto a defesa de Mourad contestou as acusações como suposições infundadas. A Terra Nova Trading, também citada, negou qualquer vínculo com organizações criminosas e ressaltou seu histórico de cumprimento legal em 30 anos de atuação.
Foto de Orkhan Farmanli na Unsplash