

A empresa de ônibus Transwolff, acusada de lavar dinheiro para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), faz pagamentos três vezes maior que o valor do mercado (um total de R$ 812 mil) para a construtora pertencente ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil) e seus filhos, o deputado estadual Milton Leite Filho e o deputado federal Alexandre Leite. O Uol teve acesso exclusivo ao contrato.
A quantia é referente ao aluguel de um conjunto industrial e de um terreno na zona sul de São Paulo. O documento é assinado por Milton Leite e Luiz Efigênio Pacheco, o Pandora, dono da Transwolff e fiador do contrato.
Até agosto deste ano, Pandora transferiu cerca de R$ 20 milhões à construtora. Leite sempre negou manter negócios com a empresa de ônibus. O Ministério Publico de São Paulo (MP-SP), por meio da “Operação Fim da Linha” do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), investiga o caso. Pandora chegou a ser preso, mas foi solto após habeas corpus.
A contrutora de Leite recebeu outros R$ 2 milhões da empresa de Pandora entre 2021 e 2022, além do aluguel do conjunto industrial. A informação consta em um documento de uma auditoria independente das contas da Transwolff.
Afonso Braga/Rede Câmara