

Quatro testemunhas do processo contra a deputada Carla Zambelli (PL) e o hacker Walter Delgatti foram ouvidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (23). A dupla se tornou ré pela Primeira Turma da Corte devido à invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Entre as pessoas ouvidas nesta segunda está a coordenadora de campanha de Zambelli em 2022, Cristiane de Brum Nunes Marim. Para as autoridades, Cristiane afirmou ser amiga pessoal de Carla Zambelli desde 2018 e que encontrou Delgatti uma vez, em um hotel em Ribeirão Preto.
A advogada ressalta que Zambelli não conhecia o hacker e que a deputada foi interpelada por ele com o pedido para tirar uma foto. Na época, Delgatti teria se identificado como o homem que invadiu o telefone de Sergio Moro.
“Delgatti foi contratado porque ele informou à deputada, pediu uma oportunidade a ela, pois estava desempregado. Contratei ele porque tinha excelência no que fazia”, disse a jurista.
Entre os outros escutados pela Corte estão Hernani Guimarães Vilela, ex-assessor de Carla Zambelli, Renan Cesar Silva Goulart, que trabalhou com o irmão de Carla Zambelli e Luan Rocha Brito, vendedor de automóveis.
Carla Zambelli é investigada sob suspeita de ser a responsável por comandar a invasão do CNJ. A parlamentar e o hacker teriam invadido seis sistemas do Poder Judiciário por 13 vezes, além de, supostamente, terem inserido documentos falsos na plataforma.
Lula Marques / Agência Brasil