

A maior parte dos incêndios que atingem o país tem origem humana, embora não haja dados precisos sobre as causas em todos os estados, dizem especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo. Desde o início do ano, as queimadas alcançaram 224 mil quilômetros quadrados no Brasil, desses, 204 mil quilômetros quadrados foram após o começo do mês de maio.
A ciência indica que 1% dos incêndios ocorrem durante a seca, já que as descargas elétricas diminuem nesse período em virtude das poucas chuvas. No ano todo, as queimadas não passam de 5%.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até 22 de setembro deste ano, o país registrou 200.013 focos de calor. A maioria foi a partir do mês de maio (91,4% ou 183 mil). Na contramão disso, em 2024, foram registradas 82,2 milhões de descargas elétricas, apenas 22% a partir do quinto mês do ano (18 milhões).
Um estudo sobre incêndios no Pantanal publicado pelo laboratório espacial da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lasa, registrou 36,3 mil focos de calor de janeiro a julho, somente 80 foram por causas naturais, ou seja, 0,002%. No mesmo período, o grupo de eletricidade atmosférica, que monitora os raios no Inpe, Elat, mostrou que caíram 10,6 milhões de raios em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no centro oeste brasileiro.
Joédson Alves | Agência Brasil