

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Cássio Araújo de Freitas falou em “erro emocional’ ou citar o caso em que um agente arremessa um homem de uma ponte, na Zona Sul da capital paulista. Em entrevista à Folha de São Paulo, ele falou sobre ações para minimizar esses erros, a exemplo de treinamentos
“Eu considero um erro básico. Um erro emocional de jogar o rapaz ali. Aquilo era quase infantil um negócio daquele. Comete um erro básico, vai ser julgado por aquilo (…). Eu consigo treinar a competência emocional, mas eu não consigo ensiná-la numa cadeira escolar. Essa capacitação emocional, ela vem com o tempo. Por isso que a gente tenta colocar um policial já mais experiente, trabalhando com os policiais jovens. Para ele continuar esse aprendizado”, alegou o coronel.
A diminuição dos erros é, de acordo com o comandante, uma busca constante da corporação. “A gente trabalha bastante para diminuir a letalidade. A instituição, ela treina o profissional. Nós fazemos um curso de 13 meses, se você fizer comparativos com outras polícias modernas do mundo, você vai ver que é um curso muito robusto para ele sair para as ruas. Mas a gente não consegue fechar todas as possibilidades. O cenário é dinâmico. Eles trabalham com alto estresse. Mas a gente continua equipando, preparando e selecionando o policial para diminuir a nossa taxa de erro”, defendeu o coronel.
Ainda durante a entrevista, o militar foi questionado sobre um programa para diminuir os erros. O comandante detalhou como ele irá ocorrer: “É um programa de diminuição de danos colaterais, para o policial entender mais o cenário que ele trabalha, vai incluir também alguns treinamentos bastante intensos, para colocar o profissional a tomar decisões rápidas. Isso a gente já faz, mas quando você cria um programa novo, você dá uma energia nova também para aquele assunto. Tomei a decisão de juntar esses treinamentos e fazer algo específico. Às vezes, vale mais você não agir em determinado momento, do que você agir e ter a possibilidade de ter danos colaterais. A polícia já faz isso, mas agora eu quero sistematizar o treinamento”.
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