

Promotores da Justiça paulista revelam preocupação com as ações violentas da Polícia Militar, que tem repercutido. O contexto é enxergado como uma mudança no cenário das autoridades políciias.
O promotor Marcel Del Bianco Cestaro, relacionou o ocorrido com a mudança de governo e do comando da Secretaria de Segurança Pública.
“Após 2022, com o novo secretário, vimos um movimento contrário. A impressão é a de que a abordagem violenta aumentou porque houve um aumento dos casos de interação com uso de arma de fogo. Os policiais estão atirando mais, mesmo quando não matam”, afirmou ele.
Marcel relembra que anteriormente havia ocorrido uma queda no número de mortes provocadas por policiais. De acordo com o Folha de São Paulo, as mortes provocadas por militares caíram 30%, de 814 para 570, entre 2020 e 2021.
“Até 2022, quem estava prestigiado na corporação eram comandantes de perfil legalista, que prezam pelo cumprimento das regras e o respeito à hierarquia e à disciplina. Disso resultou uma queda da letalidade policial”, avaliou o promotor.
A SSP paulista discorda que tenha ocorrido mudanças culturais. “Todas [as forças] continuam atuando sob o absoluto rigor da lei e o respeito aos direitos humanos. As polícias do estado não compactuam com desvios de conduta de seus agentes, punindo exemplarmente àqueles que infringem a lei.”
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