

A Polícia Civil da Bahia acionou a Polícia Federal sobre o mandado de prisão em nome de Marcelo Batista da Silva, dono de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, apontado como principal suspeito pelo desaparecimento e morte de dois funcionários. Agora, o nome do empresário consta no sistema para impedir que ele saia do país.
Marcelo está foragido desde o sumiço dos jovens, que aconteceu no dia 4 de novembro
Inicialmente, surgiu a notícia de que ele havia sido incluído na lista de procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol. No entanto, a equipe do BNews realizou uma consulta no site da entidade internacional e não encontrou o nome do homem. A informação também foi desmentida pela PC.
“A Polícia Civil da Bahia comunicou à Polícia Federal sobre o mandado de prisão, para que ele conste no sistema e impeça a saída do suspeito do país. Até o momento, não realizamos o pedido para Interpol”, disse a corporação.
O empresário é alvo de diversas acusações, como envolvimento com a milícia e tráfico de armas. Ele também é suspeito de ter sido responsável pela morte de outros dois funcionários em 2015, além de utilizar o ferro-velho como fachada para os crimes.
Prisões
O gerente do ferro-velho, conhecido como ‘Cabecinha’, foi preso no dia 18 de dezembro, mas acabou sendo solto um dia depois, após audiência de custódia. A decisão impôs medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e permanência em sua residência.
A liberação ocorreu após a defesa apresentar um laudo médico que comprova que ‘Cabecinha’ sofre de hanseníase, uma condição que demanda cuidados médicos especializados. O juiz responsável pelo caso determinou que o estado de saúde do investigado justifica o cumprimento das medidas alternativas à prisão.
Apesar de ter sido solto, ‘Cabecinha’ permanece sob investigação pelo desaparecimento dos jovens Paulo Daniel Pereira e Matuzalém Lima, que foram vistos pela última vez no dia 4 de novembro, ao entrarem no ferro-velho onde ele trabalhava.
Outros suspeitos permanecem sob custódia. O policial militar conhecido como ‘Maguila’ segue preso, enquanto o proprietário do ferro-velho, Marcelo Batista, continua foragido. O caso, que mobiliza as autoridades, segue sob investigação para esclarecer os fatos e localizar as vítimas.
Reprodução