

A postura Jair Bolsonaro (PL) e de aliados de tentar declarar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes impedido de seguir no comando das investigações que mira o ex-presidente pelo plano de tentativa de golpe de estado. As informações são da coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.
Nos bastidores, a avaliação é de que a estratégia “está condenada ao fracasso” e serve para que Moraes se fortaleça perante aos demais ministros da Suprema Corte. Para o advogado de um dos 40 indiciados pela Polícia Federal na investigação, a tentativa de impedimento “já foi descartada logo no início da investigação”, quando o Supremo decidiu manter Moraes na relatoria. “A insistência em teses já superadas é uma burrice, e até burrice tem limite”, disse o jurista à coluna.
Bolsonaro já tentou retirar Moraes da condução da investigação em duas oportunidades, já negadas pelo STF. Um terceiro pedido ainda será analisado. Todas as solicitações apontam o ministro como um os alvos principais do suposto plano de dar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula, o que iria interferir na imparcialidade de Moraes no julgamento do processo.
Ainda segundo a publicação, a insistência de Bolsonaro em tirar Moraes do comando das investigações sobre a tentativa de golpe seria uma forma de manter a militância mobilizada, já que o ministro é tido como o “inimigo público” número 1 e “colocar o Supremo sob julgamento da própria opinião pública”.
Antonio Augusto/Secom/TSE