

A mãe da jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante uma operação da Polícia Rodoviária Federal em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (24), disse que os agentes não deram socorro à filha dela. A declaração foi feita ao UOL.
Segundo Deyse Rangel, os PRFs ficaram “igual barata tonta”. “Eu chamei minha filha e ela tinha tomado um tiro na cabeça, estava dentro do carro, cheia de sangue. Eu falei [para o agente]: ‘tu matou a minha filha’. Ele botou a mão na cabeça e ficou batendo no chão igual a um maluco. Ele viu a merda que ele fez, e eles não socorreram a Juliana”, disse.
Ainda de acordo com a mulher, uma viatura da Polícia Militar se aproximou na sequência, achando se tratar de um assalto, e socorreram a jovem.
O pai da jovem escapou por pouco de ser atingido, pois conseguiu se abaixar dentro do carro. O tiro que acertou a filha passou de raspão no dedo dele.
Inicialmente, a família acreditou se tratar defogos de artifício. “A gente imaginou que era bombinha, fogos. Na época de Natal, né? Foi só quando a gente viu o vidro quebrando que a gente percebeu que era tiro”.
A família seguia para Niterói, também no RJ, onde passaria a ceia de Natal. A situação aconteceu quando passavam pela rodovia Washington Luís (BR-040).
O estado de saúde de Juliana é considerado gravíssimo. Ela passou por uma cirurgia e está em coma induzido.
Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal (PF) para investigar o caso. Nesta quarta-feira (25), a PRF informou que afastou preventivamente os agentes envolvidos na ação e abriu um procedimento interno para apurar os fatos.
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