

Três advogados e mais nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por suspeita de ligações com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo está detido desde o dia 14 deste mês, quando a Operação Scream Fake, que investiga uma rede de profissionais ligados ao PCC, foi deflagrada.
As investigações iniciaram após cartões de memória apreendidos com uma visitante na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, em Presidente Venceslau, indicarem o esquema criminoso. “A análise do material, juntamente com manuscritos de detentos, revelou a estrutura da organização criminosa, que conta com setores especializados denominados ‘gravatas’, ‘saúde’, ‘financeiro ‘ e ‘reivindicações'”, informou o Ministério Público.
Segundo o MPSP, os advogados atuavam como ‘gravatas’, com o fornecimento de assistência jurídica e gerenciando outras áreas do PCC. Enquanto o setor ‘saúde’ ficava responsável pelo recrutamento de médicos e dentistas, que, muitas vezes sem saber, realizavam procedimentos incluindo intervenções cirúrgicas e eram pagos com recursos provenientes de práticas criminosas gerenciadas pelo ramo “financeiro”.
Ilustrativa | Marcello Casal Jr – Agência Brasil