

O Governo Federal cumpriu com a meta fiscal de 2024, conforme arcabouço aprovado em 2023. As contas, no entanto, registraram déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024. Sendo assim, ele está sendo pressionado pelo processo da alta de juros e do avanço da inflação, que deve permanecer em 2025, conforme apontado pelo portal Metrópoles.
De acordo com a reportagem, o setor de bens e serviços ficou acima da meta, com índice de 4,83%, ante variação de 1,5 ponto percentual. Vale salientar que estava previsto o piso de 1,5% e teto de 4,5%. O Boletim Focus estima ainda descumprimento da meta em 2025, que tem como expectativa, 5,50%.
Para 2024, a meta fiscal era de déficit zero. No entanto, as contas do governo central ficaram como déficit primário, registrando 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal do ano passado foi cumprida, pois o arcabouço fiscal pode ter um rombo de até 0,25% do PIB.
Com aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros da Selic, é esperada redução de consumo, que deve desaquecer o mercado, e nos investimentos do país, visto que o crédito fica mais caro. A expectativa é de que a taxa permaneça com dois dígitos até o final de 2028. E quem mais sofre com a pressão inflacionária são as pessoas mais pobres, visto que o preço das carnes, do café e do açúcar devem continuar subindo.
Os juros altos e os empréstimos e financiamentos mais caros podem diminuir as contratações ou gerar demissões em massa pelas empresas. “É pouquíssimo provável que tenhamos uma repetição do crescimento de 2024 neste ano devido à política monetária contracionista e seus impactos na economia como um todo”, destacou o sócio da Equus Capital, Felipe Vasconcellos.
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