

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), foi convocada para uma reunião fora da agenda com o ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), nesta segunda-feira (10). A convocação reforçou as especulações de uma possível migração da pernambucana, que é próxima a Rui, ao PT, o que é defendido por uma ala da legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou que, pelo menos, desembarque na base de apoio ao governo federal.
O encontro não apareceu na agenda institucional do ministério, mas teria sido confirmado ao Blog Cenário, de Pernambuco, por uma fonte do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano.
Raquel também participou, em Brasília, nesta segunda, da entrega do Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, enquanto, em seu estado natal, a vice-governadora, Priscila Krause (Cidadania), comandou a cerimônia de entrega de 265 imóveis do Minha Casa, Minha Vida.
O PSD observa com expectativa a possível mudança de Raquel Lyra para a base de Lula, já que a legenda pode ser um destino provável da política, caso ela não vá para o PT. O partido, comandando nacionalmente por Gilberto Kassab, ocupa diversos ministérios no mandato Lula 3 e está em processo de discussão de fusão com o PSDB.
Em uma das últimas visitas a Pernambuco, Rui Costa afirmou que sempre considerou a tucana como integrante da base. Embora ela tenha se mantido neutra nas eleições de 2022 em relação à disputa pela presidência da república, Raquel criou e tem mantido uma aproximação grande com o governo Lula.
Toda essa articulação tem gerado descontentamento no atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, que hoje tem o apoio do PT e pretende disputar o governo do estado contra Raquel Lyra em 2026.
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