

A segunda edição do Encontro de Comedores de Jaca (EcoJaca) mais uma vez movimentou a cidade de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, durante o último dia 9 de fevereiro.
Nesta edição do torneio, o campeão veio da zona rural de Valença, na Bahia. O agricultor José Roberto havia saido de casa com a intenção de competir na categoria da jaca mais saborosa.
No entanto, a fruta que ele levou para a competição era da propriedade de um dos seus primos. Como José não possuia carro, a jaca foi colocada em uma caixa, e sua noiva foi a responsável por transportar o fruto na garupa de uma motocicleta pilotada por ele.
Ao chegar no local, ele percebeu que a sua jaca acabou chegando um pouco amassada. Mesmo assim, José Roberto optou por levá-la até os juízes. Após todo o julgamento, o agricultor acabou ficando apenas com o terceiro lugar na categoria. Porém, o destino ainda o reservava um desfecho melhor.
Ele decidiu competir também na categoria dos mais velozes devoradores de jaca. Ao todo, quatro pessoas se voluntariaram para participar, mas havia um pequeno problema: somente duas das jacas eram do mesmo tamanho, o que fez a organização do evento fazer um sorteio para saber quem iria competir. Para a sua sorte, José foi sorteado.
Não fui especificamente para a competição de quem come jaca mais rápido, minha intenção era apenas participar da categoria de melhor jaca. Mas, quando cheguei lá, vi a movimentação e decidi entrar na brincadeira. Havia várias categorias, e, no meu caso, teve até um sorteio, pois só havia duas jacas homogêneas, quase idênticas. Como éramos quatro competidores, o sorteio definiu quem avançava direto, e eu acabei passando para a próxima fase. Automaticamente, fiquei em segundo lugar, mesmo sem precisar comer a jaca. Mas resolvi tentar”, disse o agricultor em entrevista concedida ao Correio.
Já na competição e sem qualquer treinamento, José Roberto teve três minutos para comer o maior número de jacas possíveis. Mesmo indo “na cara e na coragem”, o agricultor surpreendeu e precisou de somente 27 segundos para terminar, conquistando o primeiro lugar e levando o prêmio de R$ 100 para casa.
Dor de barriga? Não tive, não. O pessoal até brincou comigo sobre isso, mas eu disse que, se sentisse qualquer coisa, pararia no caminho (de volta para casa). Agora, uma curiosidade: passei o dia todo sem comer mais nada depois da jaca. Só fui comer novamente no outro dia. Como sempre digo, jaca sustenta mesmo”, explicou ainda na entrevista ao Correio.
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