

Segundo Fábio Trujilho, presidente da Abeso
(Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade
e da Síndrome Metabólica) e coordenador de
Departamento de Obesidade d a SBEM (Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), no
Brasil a obesidade tem relação com menores níveis
de educação e renda, segundo estudos.
Isso significa que não basta indicar que as pessoas
comam de forma saudável, é necessário criar o
ambiente para que a alimentação natural e
nutritiva seja mais acessível do que os
ultraprocessados, por exemplo.
Também entra na discussão a questão d a
segurança pública, que pode limitar a ida até
espaços que promovem exercício físico. “Como é
que você fala para u m pai que a criança precisa se
exercitar se ela não pode ir para a rua por causa da
insegurança?”, questiona Trujilho.
Como prevenção à obesidade, ele defende que
medidas sejam tomadas na atenção básica do SUS
(Sistema Único de Saúde).
“Não é uma diretriz hoje, mas seria importante
alguém que acompanhasse a jornada da pessoa,
que identificasse a vulnerabilidade que ela tem em
casa e c o m o auxiliá-la nesse sentido. Porque
m u i t a s v e z e s ela v a i a u m a u n i d a d e b á s i c a d e s a ú d e
e não recebe orientações de pessoas treinadas em
relação a isso [atividade física].”
“Nós e s t a m o s v i v e n d o e m u m a m b i e n t e
obesogênico, ou seja, em que o sedentarismo
muitas vezes prevalece, em que a alimentação
ultraprocessada é mais barata, em que andar na
rua é perigoso. Hoje você vê a s pessoas só falando
em emagrecimento com drogas. Não que os
medicamentos não sejam importantes, mas a gente
precisa pensar além”. “, diz Trujilho.
Hospital Incar
