

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, fez um pedido ao ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Alexandre de Moraes, para que um inquérito contra ele por corrupção passiva e lavagem de dinheiro aberto por Moraes em 2018 a partir de delações premiadas do empresário Wesley Batista e do ex-diretor de relações institucionais da J&F Ricardo Suad, siga arquivado na Justiça Eleitoral de São Paulo.
Moraes solicitou a devolução do processo ao STF, após o Supremo ampliar o entendimento do foro privilegiado, no mês passado. Isso, inclusive, está sendo visto por fontes do Judiciário como uma nova arma para pressionar Kassab a não apoiar o projeto da anistia.
Segundo as delações premiadas, a JBS fazia pagamentos de R$ 350 mil mensais a Kassab por meio de notas fiscais falsas de uma consultoria. Suad disse também que a JBS pagou R$ 28 milhões em troca do apoio político do PSD ao PT nas eleições presidenciais de 2014. As acusações são negadas por Kassab. Quando o inquérito tramitava no STF, Kassab era ministro da Ciência e Tecnologia de Michel Temer.
Após Kassab deixar o ministério, Moraes enviou o processo para a Justiça Eleitoral de São Paulo. Em 2021, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pela Justiça Eleitoral de São Paulo e aberta ação penal. Dois anos depois o caso foi arquivado.
Reprodução / Marcelo Camargo – Agência Brasil