

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) alertaram membros do governo Lula sobre a necessidade de garantir que o projeto de lei que prevê anistia aos condenados por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. O alerta foi ligado após mais de 100 deputados de partidos da base do presidente terem assinado a urgência da proposta que tramita na Câmara. As informações são da coluna de Bela Megale, no Globo.
Das 257 assinaturas necessárias para que a proposta da anistia tramite em regime de urgência, ao menos 115 são de deputados que integram partidos da base do governo Lula, como MDB, União Brasil, PP, PSD e Republicanos. Todas as legendas comandam algum ministério na Esplanada.
De acordo com a publicação, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, minimizou o caso e disse que acredita que alguns parlamentares não entenderam a amplitude da proposta. A atual versão do projeto também livraria o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados que estão sendo julgados no STF pela tentativa de golpe de Estado.
Membros da Suprema Corte acreditam que o presidente da Câmara, Hugo Motta, ainda vai segurar a pressão para que a anistia seja pautada no plenário da Casa por mais um tempo, mesmo o texto com o texto já tendo a quantidade de assinaturas necessárias.
Os ministros do STF defendem que integrantes do governo Lula e o próprio presidente devem, caso necessário, junto a lideranças dos partidos para cobrar que retirem parte das assinaturas que deram à anistia. Até o projeto ser protocolado na Câmara, os deputados podem retirar o apoio.
Nos últimos dias, a lista de deputados que assinaram a urgência de votar a anistia foi retirada do sistema do Congresso, o que, na análise de governistas, é um sinal de que os parlamentares estão retirando o apoio e que, por isso o PL, partido de Bolsonaro, não deixou mais a lista disponível.
Divulgação / Senado Federal