

A psiquiatra Nathália Cavalcanti Martins, de 40 anos, foi presa após ser indiciada pelo assassinato do marido sueco, encontrado morto em maio de 2024. Ela e o ex-amante, o comerciante Vanderlei Cardoso de Oliveira, 47, se tornaram réus na última segunda-feira (14), conforme decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
O corpo de Raoul Gerhard Josef Holmlund foi encontrado submerso em uma represa de Nova Odessa, no interior de São Paulo, com marcas de violência, em 14 de maio do ano passado. Por estar sem documentos, o estrangeiro foi sepultado como indigente.
Apesar da tentativa de executar o crime perfeito, a aliança de casamento do sueco, na qual estava grafado o nome da médica, foi crucial para esclarecer o crime.
De acordo com o Metrópoles, Nathália e Raoul se casaram em 2018. Três anos depois, ela se mudou para a Suécia e, desde então, o casal ia e voltava da Europa para o Brasil. Em janeiro de 2024, porém, o estrangeiro retornou ao seu país para vender um apartamento e, com o dinheiro, pretendia custear uma residência.
Segundo as investigações, durante as viagens do marido, Nathália o traía com vários amantes — entre eles, Vanderlei Cardoso. Embora levasse uma vida aparentemente livre, ela teria se sentido sufocada com a mudança “definitiva” de Raoul para o Brasil, além de ter os próprios gastos controlados por ele.
Nathália chegou a afirmar ao marido que gostaria de se separar dele. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), ela gravou um áudio no próprio celular mencionando sobre organizar senhas de acesso às contas bancárias da vítima, acrescentando não contar ainda com detalhes sobre a venda do apartamento na Suécia. A médica disse ainda que “seria mais vantajoso” matar Raoul no Brasil, usando a “impunidade” que “vigora no país”.
Em 11 de maio de 2024, o sueco foi morto com pancadas na cabeça e facadas no tórax. O corpo dele foi jogado na represa de Coden. Para afundar o cadáver, Nathália e o amante, envolveram-no com uma rede, na qual incluíram pedras e bobinas de motor. Graças à aliança de casamento, porém, a Polícia Civil descobriu o crime.
Reprodução/Polícia Civil