

Os desafios em torno da atuação do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) são sempre pauta de discussões. As críticas em torno da lentidão nas resoluções dos processos afetam a todos na Bahia, que muitas vezes possuem questões urgentes que ficam guardadas dentro de um armário.
Dentro desse contexto, durante uma sessão realizada no plenário do Tribunal na última quarta-feira (16), os desembargadores debatiam o fato de muitos juízes que atuam no interior da Bahia sequer moram na cidade e, muitas das vezes, não aparecem nas comarcas, chegando ao ponto dos advogados nem saberem de quem se trata porque nunca tiveram um contato físico.
O debate aconteceu após um juiz, que atua há 22 meses em uma determinada comarca do interior do estado, pedir uma remoção. “O CNJ vem dizendo que é dever do magistrado morar na comarca”, frisou a desembargadora Pilar Célia Tobio de Claro.
Já o desembargador Alberto Raimundo Gomes dos Santos foi mais incisivo na cobrança da presença dos magistrados que atuam no interior. “Nunca tive medo da comunidade. Sempre participei da sociedade onde morava, e isso foi importante para mim e para muitos deles. Os juízes precisam deixar de ser ‘garotos de playground’ e assumir seu papel como figuras públicas e comprometidas com a sociedade”, alertou.
Rodrigo Oliveira Braga/Bnews