

Durante o Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços), em Minas Gerais, uma fala da escritora Camila Panizzi Luz foi considerada preconceituosa por participantes e pela organização do evento. A repercussão negativa levou à exclusão da autora da programação, à retirada de seus livros da feira e ao rompimento oficial dos vínculos com o festival.
Segundo o site Metrópoles, Camila dividia o palco com o escritor Wesley Barbosa, autor do livro Viela Ensanguentada, em um evento promovido pelo Coletivo Neomarginal. Durante a fala de Wesley, Camila o interrompeu com a pergunta:
“Eu quero ser uma neomarginal, gente. Olha que tudo! Camila Luz, neomarginal. Nunca fui presa.”
A declaração causou mal-estar imediato no ambiente e rapidamente repercutiu nas redes sociais, com críticas ao tom desrespeitoso da fala, que acabou associando o termo “neomarginal” a um estereótipo ofensivo e classista.
Diante da polêmica, a organização do Flipoços divulgou nota oficial de repúdio, classificando a atitude da autora como “inaceitável” e anunciando as seguintes medidas:
- Rompimento de vínculos com Camila Panizzi Luz;
- Retirada de seus livros da feira;
- Cancelamento de todas as atividades com sua participação, tanto nesta quanto em futuras edições do festival.
As medida, segundo a organização do evento, visam preservar o compromisso do evento com a diversidade, o respeito e a valorização das vozes literárias que integram sua programação.
Por meio de nota oficial, a organização do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) “repudiou o caso e anunciou que decidiu romper vínculos entre a autora e a programação, retirar os seus livros da feira e cancelar todas as demais atividades em que a autora estaria vinculada nesta e em outras realizações do festival”.
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