

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou um pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes para que mantenha o general Walter Braga Netto em prisão preventiva. O militar é um dos alvos da investigação sobre uma tentativa de golpe de estado no final de 2022. As informações são da coluna de Aguirre Talento, no portal Uol.
De acordo com a publicação, a manifestação foi apresentada na última sexta-feira (16), em resposta a um pedido feito pela defesa de Braga Netto, que pedia a liberdade do militar.
Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado por suspeita de tentar interferir na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, além de ser apontado como um dos articuladores da tentativa de golpe. Em março, ele se tornou réu do inquérito sobre a trama golpista após o STF ter recebido a denúncia apresentada pela PGR.
No pedido, Gonet defende a manutenção da prisão de Braga Netto por entender que, em liberdade, o general pode tentar interferir na instrução da ação penal.
“O oferecimento de denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal, que sequer foi iniciada e cujo curso regular deve ser resguardado até a sua conclusão, notadamente para o correto entendimento da extensão das condutas dos envolvidos “, escreveu Gonet.
Após a recomendação do procurador-geral, cabe a Alexandre de Moraes atender ou não o pedido de liberdade de Braga Netto. Se o pedido for negado pelo ministro, os advogados do general poderão recorrer à Primeira Turma do STF.
Fernando Frazão / Agência Brasil