

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), declarou, durante entrevista na CNN, que está deixando os Estados Unidos em direção à Itália, onde, segundo ela, os custos com saúde são mais acessíveis.
A parlamentar também revelou estar criando uma nova plataforma de comunicação com o objetivo de garantir sua subsistência no exterior por meio de contribuições mensais de apoiadores.
Quem quiser ir na minha antiga rede social, onde minha mãe está postando, e na minha rede social no YouTube, que é a Família Zambelli, vocês vão ver lá um link do Substack. É um site onde você coloca o seu e-mail, e neste e-mail eu vou entrar em contato com você. […] Vou perguntar se querem assinar uma plataforma de comunicação que eu vou fazer”, afirmou a parlamentar.
De acordo com a deputada, o serviço será oferecido por cerca de 5 dólares mensais — algo em torno de R$ 29 — e será a principal fonte de renda para manter-se na Europa. “Através desses 29 reais por mês que as pessoas podem contribuir, eu vou viver na Europa”, afirmou.
A saída de Zambelli do país ocorreu após a decisão do STF que a condenou por ações relacionadas aos ataques à democracia brasileira, incluindo o episódio em que perseguiu um jornalista armada durante o período eleitoral. Zambelli também admitiu ter utilizado parte dos recursos de uma vaquinha online para financiar sua mudança.
Eu já fiz uma vaquinha, Gustavo, e usei parte dessa vaquinha aqui nos Estados Unidos para comprar passagem para a Itália, quando eu decidi que ia para a Itália. Isso vai ser uma coisa que eu vou tratar direto com as pessoas que fizeram a vaquinha, porque aqueles que quiserem, eventualmente, que eu devolva o dinheiro, eu vou devolver”, afirmou a Zambelli.
Com a decisão do Supremo, ela pode ter os direitos políticos suspensos e enfrentar restrições judiciais, o que alimentou especulações sobre uma possível tentativa de fuga do país. Até o momento, a defesa de Carla Zambelli não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos legais da deputada ou sua situação jurídica em solo europeu.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados