

Uma advogada identificada como P. A. de M., conhecida pelo codinome “Justiceira”, foi condenada a 34 anos de prisão em regime fechado por envolvimento direto com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A sentença, proferida na última sexta-feira (6) pela Vara de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), é definitiva.
Segundo as investigações, a mulher atuava como um braço jurídico de integrantes da facção no Pará, entre 2019 e 2023. Ela fazia parte do núcleo “Sintonia dos Gravatas”, responsável por garantir suporte estratégico, comunicação e segurança aos membros da organização.
O Ministério Público do Pará (MPPA) estima que a Justiceira recebeu mais de R$ 104 mil da facção ao longo dos quatro anos em que colaborou com o grupo. O dinheiro, no entanto, não tinha relação com atividades legais de advocacia, mas era pagamento direto pelos serviços prestados à organização.
Durante a operação, foram apreendidos materiais que reforçam a ligação da advogada com o PCC. Entre os itens estavam uma agenda com bilhetes manuscritos de conteúdo considerado criminoso, planilhas de controle de pagamentos, extratos bancários e mensagens trocadas com outros integrantes da facção.
P. A. de M foi condenada por organização criminosa, associação para o tráfico e receptação.
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