

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu um prazo de 24 horas para que a Meta, empresa dona do Facebook, forneça informações sobre dois perfis que teriam sido usados pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.
No despacho, Moraes determinou à Meta a preservação de todos os arquivos digitais relacionados aos perfis “@gabrielar702” e “Gabriela R”.
“Determino à empresa Meta Inc. que encaminhe à esta Suprema Corte, em relação aos referidos perfis: (a) todos os dados cadastrais, incluindo o responsável, o email e o número de telefone celular e eventuais outros dados cadastrados no respectivo login de usuário; (b) a informação se existem outros logins vinculados e se foram acessados por meio de navegadores de internet em notebooks ou computadores; (c) todas as mensagens enviadas e recebidas no período de 1º/5/2023 até 13/6/2025″, disse o magistrado.
O pedido de Alexandre de Moraes foi classificado pela defesa de Mauro Cid como “falsidade grotesca”. Os advogados pedem ainda que o ministro abra uma investigação para identificar o verdadeiro dono dos perfis.
“Trata-se, portanto, sem sombra de dúvida, de uma falsidade grotesca e produzida para servir de prova no processo penal, sujeita, em tese, as sanções previstas no artigo 347 do Código Penal”, argumentou a defesa do militar.
Mauro Cid foi interrogado na sexta-feira (14) após suspeitas de que estivesse se articulando para fugir do país. Para à Polícia Federal, os advogados informaram que a ideia seria uma “invenção” de Jair Bolsonaro.
Divulgação/STF