

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o aconselharam a nem sancionar nem vetar o projeto de lei que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais a partir de 2027.
De acordo com fontes ouvidas pelo G1, Lula está recebendo o conselho de permitir que o Congresso Nacional assuma a decisão final, evitando assim dividir o desgaste político diante das críticas que a proposta tem enfrentado.
Pela Constituição, se o presidente da República não se manifestar sobre um projeto de lei em até 15 dias úteis, o presidente do Senado pode sancioná-lo.
Foi o que ocorreu na semana passada com a criação do Dia de Israel, quando Lula se manteve em silêncio e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), promulgou a lei.
Segundo assessores do governo, o presidente prefere não vetar a medida para não agravar a tensão com o Congresso, mas também não deseja assumir a responsabilidade direta pela sanção.
Para integrantes do Planalto, como a proposta beneficia principalmente os parlamentares, a decisão final deve ficar a cargo deles — especialmente diante do impacto fiscal e da rejeição pública ao aumento de cadeiras na Câmara.
Agência Brasil