

O desfile do 2 de Julho, que comemora a Independência da Bahia, foi o momento oportuno encontrado por trabalhadores da rede municipal de ensino para reivindicarem melhores condições de trabalho e salários.
A greve, que perdura há meses, ganha um novo episódio nesta quarta-feira (2). Os educadores se armaram de cartazes, reivindicando o pagamento do piso salarial, e com placas referentes à Operação Overclean da Polícia Federal, que investiga uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, desvio de emendas parlamentares, corrupção e lavagem de dinheiro.
Entenda a greve
Em maio deste ano, os professores municipais, em protesto na Praça Tomé de Souza, invadiram a Câmara de Salvador para participar das votações sobre o reajuste do piso e cobrar o pagamento dos salários à classe. O ato levou o presidente da Câmara de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), a suspender a sessão de votação.
Em junho, os professores tomaram a Avenida Mário Leal Ferreira, popularmente conhecida como Avenida Bonocô, no sentido centro, pedindo o reajuste do piso. Os professores da rede municipal estão com as aulas suspensas em razão da greve.
Ainda no mês de junho, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou uma solicitação feita pela APLB-Sindicato contra a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que considerou ilegal a greve dos professores da rede municipal de Salvador. Até o momento, não foi discutido o reajuste conforme o pedido dos profissionais de ensino.
Bnews