

gangue originária na Venezuela, chamada de Tren de Aragua, que adquiria recursos financeiros de forma ilícita e convertia em criptoativos para lavagem de dinheiro.
De acordo com informações do portal Uol, com a deflagração, 52 pessoas foram detidas, sendo 47 estrangeiros e 16 deles em situação irregular; 13,5 milhões de dólares em ganhos ilícitos enviados para sete países; e 250 contas correntes ou criptoativos congelados. No entanto, devido ao tamanho da quadrilha – que segundo as autoridades, é maior – o número de presos e de itens apreendidos podem marcar apenas o início da operação.
Segundo a promotora regional de Tarapacá, Trinidad Steinert, o dinheiro era obtido por meio do “tráfico de pessoas, homicídios, sequestros, extorsões, tráfico de imigrantes, tráfico de drogas e multas”, segundo aponta a reportagem.
“O que estamos vendo é que o Tren de Aragua está clonando a estratégia de lavagem de dinheiro desenvolvida por grupos como o Cartel de Sinaloa ou o Cartel Jalisco-Nueva Generación”, diz o especialista em segurança mexicano, David Saucedo, ao DW.
“Como é fácil supor, na Venezuela não há transações importantes com criptomoedas, mas, ao entrarem em contato com máfias criminosas mexicanas, eles começaram a usar táticas de lavagem de dinheiro como o uso de criptomoedas”, continuou ele.
Saucedo ressaltou que o grupo é difícil de rastrear e, na maioria das vezes, realiza as ações sem deixar rastros, pois são realizadas eletronicamente. “O Tren de Aragua evoluiu a passos largos – começou como uma máfia enraizada no sistema penitenciário venezuelano a se tornou um cartel internacional que já opera na área de lavagem de dinheiro”, disse na reportagem.
Vale ressaltar que o grupo criminoso também está sendo alvo de operação dos Estados Unidos, que busca deportá-los em uma prisão de segurança máxima em El Salvador.
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