

A bancada baiana na Câmara dos Deputados gastou, somada, cerca de R$ 1.658.631,23 com passagens aéreas no primeiro semestre de 2025. As despesas dos congressistas relacionadas a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar estão disponíveis para consulta no Portal de Transparência da Casa.
A Cota para é referente ao valor mensal do benefício que pode ser utilizado pelos deputados para arcar com despesas do exercício do mandato parlamentar.
São incluídas como despesas de locomoção a locação ou fretamento de aeronaves; locação ou fretamento de veículos automotores (limite inacumulável de R$ 12.713,00 mensais), permitida contratação de seguro; locação ou fretamento de embarcações; serviços de táxi, pedágio e estacionamento (limite inacumulável de R$ 2.700,00 mensais); e passagens terrestres, marítimas ou fluviais.
A quantia da Cota é diferente para cada estado, variando de acordo com os preços das passagens aéreas de Brasília até a capital do estado em que o deputado foi eleito. Na Bahia, a Cota corresponde ao valor de R$ 44.804,65. O estado possui a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados com 39 parlamentares.
Entre os deputados que mais gastaram com passagens aéreas entre os meses de janeiro a junho de 2025, estão:
1º Rogéria Santos (Republicanos) – R$ 93,387,23;
2º João Carlos Bacelar (PL) – R$ 91.020,08;
3º Valmir Assunção (PT) – R$ 84,235,34;
4º Antônio Brito (PSD) – R$ 79.976,38;
5º Zé Neto (PT) – R$ 71.199,85.
Já os parlamentares que menos gastaram com passagens aéreas, são:
Roberta Roma (PL) – R$ 2.838,21;
Charles Fernandes (PSD) – R$ 8.910,66;
Diego Coronel (PSD) – R$ 8.952,29 ;
João Leão (PP) – R$ 15.678,03;
Mário Negromonte Jr. (PP) – R$ 17.079,89.
De acordo com o Portal da Transparência, a aquisição das passagens por Rogéria, Jonga e Brito foram feitas através do Sistema de Gestão de Passagens Aéreas (Sigepa), sendo os valores debitados diretamente da cota mensal do parlamentar.
Já Valmir e Zé Neto chegaram a receber reembolsos da Câmara. Foram transferidos para os petistas as quantias de R$ 4.744,43 e R$ 768,86, respectivamente. A operação é realizada quando o deputado compra a passagem diretamente nas companhias aéreas.
Vale lembrar que a Cota prevê até oito passagens aéreas por mês em nome do deputado para que ele voe entre a capital federal e o estado de representação.
Bruno Spada/Kayo Magalhães/Marina Ramos/Kayo Magalhães