

A Polícia Federal (PF) descartou o interesse em firmar um acordo de delação premiada com Marcelo Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro. Ele está preso desde fevereiro na investigação que apura a tentativa de golpe.
Após a defesa do coronel sinalizar publicamente a possibilidade de Câmara delatar, os investigadores avaliaram que há conflito de interesse entre os clientes que o advogado representa. As informações são do Uol.
Além de defender Câmara, Luiz Eduardo Kuntz é advogado do ex-assessor de Bolsonaro na Presidência Tércio Arnaud. Arnaud é tido como um dos integrantes do “gabinete do ódio” do Palácio do Planalto e investigado no mesmo inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado.
Kuntz disse ao jornal “Valor Econômico”, nesta semana, que, se o militar for chamado novamente a depor, está disposto a discutir uma delação premiada.
Marcelo Câmara chegou a ser interrogado em 22 de fevereiro pela PF, mas ficou em silêncio, sob o argumento de que seu advogado estava acompanhando Arnaud.
Após o ocorrido, o advogado pediu ao STF que Câmara fosse ouvido novamente, mas os investigadores não veem necessidade de um novo depoimento.
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