

Uma advogada de um importante líder do PCC, condenado por diversos crimes, foi ameaçada após ter um habeas corpus negado para o cliente. Revoltado com a decisão judicial, o detento ameaçou de morte a profissional, chegando a mandar uma coroa de flores fúnebre para sua casa. A informação é do portal Uol.
O episódio ocorreu em 2002, quando o preso foi internado no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, em São Paulo.
O RDD isola o detento por 22 horas diárias, restringindo seus direitos e privando-o de contato com o mundo exterior. Instituído em 2001, o regime foi criado em meio a uma onda de violência nos presídios paulistas, com o objetivo de garantir a ordem e a disciplina nas unidades prisionais.
A advogada, após receber a ameaça, renunciou aos poderes outorgados pelo cliente e se afastou da advocacia por um período. O líder do PCC, por sua vez, tornou-se um dos campeões de internação no RDD, sendo transferido diversas vezes para o CRP de Presidente Bernardes antes de ser removido para um presídio federal.
Foto de Annie Spratt na Unsplash