

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou, em novo relatório divulgado nesta segunda-feira (28), que houve um novo recorde na emissão dos gases de efeito estufa. A pesquisa foi feita através de uma análise realizada em 2023. De acordo com informações do portal Exame, os níveis de dióxido de carbono (CO2) tiveram uma alta de 11,4% nas últimas duas décadas.
A duas semanas da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), que vai acontecer em Baku, capital do Azerbaijão, a ONU divulgou que os níveis de CO2 chegaram a 420 partes por milhão, com o metano a 1.934 partes por bilhão e o óxido nitroso com 336,9 partes por bilhão. Em relação à era pré-industrial, os índices foram de 151%, 265% e 125%, respectivamente.
Em comparação a 2022, o CO2, que advém de elementos como a queima de combustíveis fósseis e da produção de cimento, teve registro de 2,3 partes por milhão.
A secretária-geral da OMM, a argentina Celeste Saulo, afirmou em reportagem ao portal Exame que os números apresentados deveriam criar um alerta global. “Mais um ano, outro recorde. Isto deveria disparar todos os alarmes entre os tomadores de decisão, não há dúvida de que estamos muito longe de cumprir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aquecimento global bem abaixo de 2 graus em relação aos pré-níveis industriais”.
2023 registrou o sétimo ano com mais emissões por incêndios desde 2003, podendo ser consequência do fenômeno La Niña para El Niño e do aumento em incêndios. Vale resslatar que, nesta analogia temporal, o CO2 foi 16% maior que a média anterior.
De acordo com a reportagem, quase metade das emissões de CO2 se mantém na atmosfera e os oceanos filtram cerca de 25%, enquanto os ecossistemas terrestres absorvem, aproximadamente, 30%. Segundo o relatório da OMM, o metano e o óxido nitroso tiveram aumento na concentração, sendo mais baixos que em 2022.
A COP 29 acontece entre os dias 11 a a 22 de novembro e contará com cobertura
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