

O Banco Central (BC) apontou que o número de reservas internacionais teve alta e alcançou o maior patamar em análise de cinco anos durante o mês de setembro, com valor total de US$ 372 bilhões.
De acordo com informações do portal Valor Econômico, um dos fatores do aumento pode ser a valorização dos títulos públicos americanos, que contempla reservas brasileiras e receitas com juros, conhecidos como ‘colchão’.
O ‘colchão’ se configura como segurança para a economia brasileira do país em períodos de crises, evita mudanças bruscas do câmbio e mantém a funcionalidade do mercado, “dando maior previsibilidade e segurança para os agentes”, conforme definido pelo BC.
Os três principais fatores de crescimento foram: o ganho de preços, em US$ 6,7 bilhões; a receita de juros, com US$ 6,4 bilhões; e as variações por paridade, de US$ 3,6 bilhões. A política de investimento é composta por segurança, liquidez e rentabilidade.
Para o sócio da Tendências Consultoria, o economista Silvio Campos Neto, o Brasil tem um valor grande em reservas, com situação favorável desde o início do ano, valorizando ativos.
O Brasil está alinhado à prática de demais países após avaliações internas, conforme informado pelo BC, que pode usar reservas para intervenções em casos de disfunções no mercado. Os membros da diretoria reforçam que o país tem um regime de câmbio flutuante e as intervenções do BC são feitas apenas quando há disfuncionalidade no mercado. Em 2024, houve apenas uma intervenção, em agosto, com dólar à vista, na venda de US$ 1,5 bilhão.
O presidente Roberto Campos Neto, da BC, explicou que na última intervenção, havia um fluxo atípico de saída de capital contratado pelo rebalanceamento do índice EWZ (MSCI Brasil ETF), incluindo empresas como Nubank, XP, PagBank e Stone, por isso a intervenção.
Do valor total, US$ 299 bilhões foi direcionado a aplicações em títulos, depósitos em moedas estrangeiras, ouro e outros ativos, conforme relatório das reservas internacionais de 2023.
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