

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Civil realizaram uma investigação que resultou na descoberta de um sistema médico para líderes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Médicos e dentistas eram contratados por advogados da facção para atender presos.
De acordo com o UOL, os profissionais recebiam valores altos, acima da média do mercado, e o pagamento era feito fracionado em contas de terceiros para dificultar o rastreamento. As pessoas contratadas não possuíam envolvimento com o PCC e realizavam os serviços sem buscar informações sobre a origem dos pagamentos.
Os serviços eram solicitados pelos advogados através de laudos médicos com alegações de problemas de saúdes fictícios. A investigação revelou que em 2015, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, fez uso de um procedimento estético alegando inflamação no nervo trigêmeo.
Na ocasião, Marcola solicitou aplicação de botox, teve o pedido negado, mas realizou outros procedimentos. Apenas membros específicos tinham acesso a esses tipos de atendimento.
Confira outros presos que realizaram serviços:
- Paulo César Souza Nascimento Júnior (Paulinho Neblina): Importante membro da facção, recebeu atendimentos médicos particulares, incluindo procedimentos odontológicos.
- Wanderson Nilton de Paula Lima (Andinho): Outro líder de destaque da facção, também listado como beneficiário.
- Rogério Jeremias de Simone (Gegê do Mangue): Assassinado em 2018, Gegê também foi um dos atendidos pelo esquema.
Ciete Silvério | Governo SP